A medida que o tempo vai passando, fico cada vez mais preocupado com o que eu vejo diariamente no trânsito. Motoristas vão das suas residências para o trabalho ou para o seu lazer, transformados e afetados pelo estresse quando sentam ao volante. Colocam todo o instinto animal preso dentro do ser humano no volante do seu automóvel com agressões verbais, gestuais, e com sinais aparentes de descontrole emocional para um trânsito que cresce vertiginosamente em razão das facilidades encontradas atualmente no mercado financeiro.
Os carros aumentam, as ruas continuam as mesmas da década de 60 e a evolução em relação ao crescimento dos carros é praticamente nula. As autoridades durante anos se limitaram ao recapeamento e a tapar buracos. É simples, basta comparar os carros atuais com os que eram comercializados na década de 60.
É inadmissível não ter em nossas placas de controle de velocidade, padrões mais atuais de acordo com os carros modernos. O fluxo travado do trânsito muitas vezes não é da quantidade de veículos e sim do desenho das ruas e do trajeto obsoleto do trânsito. De que adiantou construir a linha vermelha, linha amarela, e outras linhas que ainda virão, se todo o fluxo do trânsito dessas vias expressas são direcionados para Avenida Brasil.
Espero que a recente ação das autoridades do estado e do município do Rio de Janeiro de asfaltar muitos quilômetros de rua, que já estavam em estado muito precário e não suportavam mais a demanda de veículo, não seja única. Mais ações são necessárias, principalmente a de novas vias e novos veículos sobre trilhos, para que o fluxo do trânsito melhore consequentemente se torne menos selvagem.